Gravatá em Alerta: Léo do AR pode enfrentar a "Mulé do Pade" em disputa estadual e o clima pode ficar tenso entre os poderes. Confira:

RONDA GERAL DE PERNAMBUCO

_Clima entre Léo do Ar e a 'Mule do Pade' está em tensão, Léo é situação ou oposição? Será deputado ou apoiará a 'Mule do Padi'_

O cenário político de Gravatá, no Agreste pernambucano, está prestes a se tornar o centro de uma das disputas eleitorais mais simbólicas e acirradas do estado. Léo do AR, presidente da Câmara de Vereadores do município e da União dos Vereadores de Pernambuco (UVP), esteve recentemente em Brasília, acompanhado do vereador Aldo Lamassa, em uma agenda estratégica que pode mudar os rumos da política local e estadual.

Na capital federal, Léo do AR foi convocado pelos deputados federais Eduardo da Fonte e Lula da Fonte (PP) para articular sua possível candidatura a deputado estadual em 2026. A ideia é consolidar um projeto político mais amplo, com respaldo de lideranças nacionais, e ampliar sua atuação, que já vem se destacando pela forte presença e articulação em diversos municípios pernambucanos.

Por outro lado, a disputa ganha um ingrediente explosivo: a possível candidatura da primeira-dama de Gravatá, apelidada politicamente de "Mulé do Pade". O "Pade" é o atual prefeito do município, que chegou ao poder com o apoio decisivo do deputado estadual Waldemar Borges — mas, nos bastidores, é amplamente comentada a ruptura dessa aliança. Segundo fontes locais, o prefeito teria virado as costas para o deputado que o colocou na cadeira mais alta do Executivo municipal, o que abriu uma crise silenciosa entre antigos aliados.

Agora, com sua esposa sendo preparada para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa, o prefeito lança um novo capítulo político, enfrentando não apenas adversários, mas verdadeiros inimigos políticos com peso, influência e capital eleitoral.

De um lado, a "Mulé do Pade" representa a continuidade do projeto do grupo político municipal, marcado pela ascensão do atual prefeito, mas que carrega o desgaste de traições e rupturas. De outro, Léo do AR, impulsionado pelo apoio de figuras como Eduardo da Fonte — que se movimenta para uma candidatura ao Senado — e Lula da Fonte, articula uma campanha que pode quebrar a hegemonia do grupo local.

E no meio desse embate, fica a grande pergunta: quem será mais aceito pela população? Quem sairá vitorioso nas urnas?

Léo do AR tem a seu favor o contato direto com a base, um mandato marcado pela atuação próxima à população, e um histórico de trabalho nos bastidores do legislativo estadual através da UVP. Tem construído alianças com lideranças regionais e mostrado força em articulação política fora de Gravatá. Seu nome circula com força não só entre os eleitores, mas também entre prefeitos, vereadores e lideranças do interior.

Já a "Mulé do Pade" conta com o peso da máquina municipal e com a tentativa de herdar a popularidade de seu marido. Porém, carrega também o desgaste da gestão e a imagem de que sua candidatura é fruto de um projeto pessoal do atual prefeito, visto por muitos como instável politicamente após o rompimento com Waldemar Borges.

O povo de Gravatá, acostumado a grandes disputas, será o fiel da balança. A eleição de 2026 será um referendo sobre o ado recente da cidade e uma aposta sobre o seu futuro. Quem tiver mais credibilidade, serviços prestados e, acima de tudo, coerência com o que diz e faz, sairá vitorioso.

Mas, se hoje a disputa fosse às urnas, a leitura política nos bastidores é clara: Léo do AR entra com mais capital político e mais aceitação popular. A "Mulé do Pade" terá de enfrentar não apenas um adversário forte, mas um eleitorado cada vez mais crítico e atento.